Primeiras providências quando chegamos ao destino

“Estou em Miami! Obaaaaa!!! Primeira coisa a fazer: vestir a roupa de banho e me jogar no mar (ou #partiuoutlet)!”         Certo? Errado! Primeiro precisamos providenciar algumas coisinhas que fazem toda a diferença.

Quem viaja com crianças, sabe que o processo demanda um pouco mais de planejamento do que quando se viaja sozinho. Já escrevemos aqui no blog alguns posts específicos sobre esse assunto e sempre colocamos dicas especiais dentro dos próprios relatos das viagens.

No momento, estamos relatando a nossa última viagem à Flórida (você pode acompanhar o que já foi postado nesses três links – 1, 2, 3) e hoje detalhamos um pouquinho sobre as primeiras providências que tomamos, logo quando chegamos de viagem.

Uma vez em solo americano, focamos em resolver alguns detalhes importantes: providenciar cadeirinha veicular, chip para o celular e alguns comes e bebes.

Dependendo da situação, do destino e da família, podem ser incluídas outras coisas nesse check-list inicial: comprar uma câmera nova para registrar fotos da viagem, comprar um carrinho de bebê compacto que feche como guarda-chuva, comprar roupas de frio apropriadas para o destino e que serão usadas durante a viagem, comprar algum ingresso para alguma atração que só seja vendido in-loco… Enfim, verifique no seu roteiro o que precisa ser providenciado logo no início e faça uma listinha. Assim, você não esquece algo importante e termina lembrando só na hora que estiver precisando mais.

Sei que esses parecem apenas pequenos detalhes, mas decidi relatar esse processo inicial em um post especial porque nele estão as respostas para algumas perguntas que me fazem com frequência.

1 – Cadeirinha para o carro

As normas de segurança para transporte veicular de crianças são bem rigorosas nos Estados Unidos e variam um pouco de estado para estado. É sempre bom consultar quais as normas no estado de destino. Neste link, você encontra as normas para cada estado americano. Para o caso específico da Flórida, o governo estadual disponibiliza este panfleto com orientações.

car seat

Uma coisa é certa: se você vai viajar com crianças pequenas e o carro será seu meio de transporte, você precisará de uma cadeirinha (o tamanho e tipo variam de acordo com a idade e peso da criança).

Existem algumas formas de resolver essa questão:

Alugar a cadeirinha na locadora de veículos

Dá para alugar uma diretamente com a locadora, o que vai custar algo que varia entre US$ 8 e US$ 13 por dia (não é nada barato). Depois de um tempo, a grana investida já daria para comprar uma nova por lá.

Além do preço, outro inconveniente é que os car seats das locadoras não costumam ser modernos ou novos. Também não há a garantia de que ele seja realmente seguro. Não se sabe se ele já passou por algum acidente que possa comprometer sua segurança. Já vi relatos de pessoas que alugaram uma cadeirinha e ela veio suja, velha, em condições ruins.

Levar a cadeirinha que usa no Brasil

É perfeitamente possível levar a que seu filho já usa no Brasil, principalmente se você não quer gastar dinheiro com isso ou não pretende comprar uma nova nos Estados Unidos.

Os inconvenientes dessa opção são: o peso, afinal, carregar aquele trambolhão não é nada fácil e o risco de danificá-la, já que ela precisará ser despachada.

Se seu bebê ainda é bem pequeno e usa bebê conforto, algumas vezes é possível levá-lo dentro da aeronave e o bebê pode viajar dentro dele. Para entender melhor como funciona esse método, leia esse post.

Para minimizar os riscos, vale, no ato do check-in, pedir que embalem a sua cadeirinha em um saco plástico grande e coloquem o adesivo “Frágil” nela. Assim que pegá-la de volta na esteira, verifique se ela está em perfeitas condições. Se houver algum dano, abra um protocolo de reclamação imediatamente, antes mesmo de sair do salão de desembarque. Isso é muito importante! A partir do momento que você passa pela porta e já está no saguão do aeroporto, fica praticamente impossível registrar a reclamação.

Se não quiser despachar o assento em um saco plástico, existem bolsas específicas para transportar esses objetos. Algumas têm até rodinhas, que facilitam bastante o processo: veja aqui. É só fazer uma busca por “car seat travel bag” na Amazon e você encontrará inúmeras opções. Fique atento às dimensões da bolsa, para não perder dinheiro.

Nas vezes que despachei cadeirinhas da Bela (sempre na volta dos Estados Unidos, já que deixamos para comprar lá), usei uma bolsa grande de lona (lá eles chamam de “duffle bag”) e sempre preenchi o entorno com as roupas sujas que usamos na viagem (devidamente guardadas em sacos plásticos, para não sujar a cadeirinha). Dessa forma, a roupa protege contra impactos e não desperdiçamos um volume despachado só com a cadeira. Ainda assim, pedimos que coloquem a etiqueta “FRÁGIL” e explicamos que é um car seat.

Quem viaja com crianças pequenas, tem direito de despachar de graça, fora da franquia da bagagem, um carrinho de bebê OU um car seat. Algumas companhias aceitam que despachem as duas coisas fora da franquia. A United já fez isso por nós, mas confesso que não sei se foi uma exceção ou se é a regra deles. De qualquer forma, é sempre bom verificar diretamente com a companhia aérea quais itens você consegue despachar sem contar já na franquia da bagagem.

Comprar uma cadeirinha nos Estados Unidos

A terceira opção é aproveitar a viagem para comprar uma. Como lá eles têm muito mais opções que aqui e as cadeirinhas são top, vale a pena comprar por lá.

Compramos uma para colocar no nosso segundo carro durante a nossa viagem à Califórnia. Trouxemos ao Brasil. Foi super tranquilo. Um mês depois, roubaram o nosso carro e levaram a cadeira junto. Que tristeza =(

Pensamos em comprar outra no Brasil, mas quando vimos os preços, decidimos ficar tirando a cadeirinha de um carro e colocando no outro (que trampo!) até a nossa próxima ida aos Estados Unidos.

Na nossa última viagem, a da Flórida, enfim recompramos outra.

Nas duas ocasiões, compramos pela internet e mandamos entregar no hotel (San Francisco) e no apartamento alugado pelo Airbnb (Miami). Elas chegaram em perfeito estado.

Um detalhe importante sobre essa opção é que, se estiver com criança, não é possível sair da locadora de veículos com o carro sem ter um child car seat. Eles não permitem e também não é prudente/seguro.

Na nossa primeira experiência foi tranquilo, pois a primeira etapa da viagem foi em San Francisco, onde só usávamos transporte público. Só alugamos o carro no último dia em que estávamos na cidade, para começar a descida pela Highway 1. Assim, quando fomos buscar o carro na locadora já estávamos com a cadeira em mãos.

Bela, em sua cadeirinha Maxi-Cosi, durante a viagem pela costa oeste americana. Essa foi a cadeirinha que o ladrão levou, junto com o nosso carro, furtado na Vila Madalena, em São Paulo.
Bela, em sua Maxi-Cosi, durante a viagem pela costa oeste americana. Essa foi a cadeirinha que o ladrão levou, junto com o nosso carro, furtado na Vila Madalena, em São Paulo.

Na experiência da Flórida, já pegamos o carro alugado dentro do aeroporto. Neste caso, falamos que queríamos alugar uma cadeirinha por um só dia, pois tínhamos uma nos aguardando no apartamento. Combinamos de devolver a alugada em alguma Álamo dentro da cidade (escolhemos a de Miami Beach) para não precisar voltar até o aeroporto. Quando fomos devolvê-la, o moço nem cobrou o aluguel. Disse que estava tudo bem e que ia só retirar da nossa conta. Perfeito!

Bela dorme sossegada em sua Britax - muito boa, por sinal!
Bela dorme sossegada em sua Britax – muito boa, por sinal!

Esse caso dos car seats é muito semelhante ao do GPS. Para aproveitar melhor a sua viagem, você precisará de um. Dá para alugar na locadora de veículos ou comprar um e ficar levando de volta todas as vezes que você for aos Estados Unidos. Compramos o nosso há algum tempo e levamos nas viagens. Se faz tempo que foi feita a última atualização dos dados no seu GPS, vale a pena perder uns minutinhos fazendo isso antes de viajar.

2 – Chip do celular

Acho extremamente importante que a família que vai pegar estrada tenha alguma forma prática de comunicação, em caso de emergência. Usar o celular com o chip de operadora brasileira nos Estados Unidos custa um verdadeiro absurdo. A saída mais econômica e conveniente, em nossa opinião, é adquirir algum chip de operadora dos Estados Unidos.

Além de ser útil em situações de emergência, é super prático ter um celular em mãos com acesso à internet, sem depender exclusivamente do wi-fi nos restaurantes e hotéis. Podemos sempre consultar alguma indicação de lugar para comer, horário de funcionamento de alguma atração, valor de ingressos, ou qualquer outro detalhe que não tenha sido pré-planejado.

Obviamente, também tem o lado divertido e útil de poder ir postando algumas fotos da viagem no Instagram e Facebook, o que mantem a família que ficou no Brasil despreocupada e ciente de que estão todos bem.

Consultar Google Maps, enviar e receber e-mails, ligar para pizzaria e solicitar uma entrega naquele dia em que o cansaço bate forte, fazer uma reserva em algum restaurante, ligar para o hotel para informar que chegará depois do previsto, comunicar-se com o anfitrião do apartamento alugado pelo Airbnb, comunicar-se pelo Whatsapp, fazer uma ligação pelo Facetime, ter um número de telefone no qual podem te encontrar… Depois que passamos a comprar chips no local de destino, percebi o quanto é mais prático e melhor aproveitado o tempo quando estamos conectados.

Fonte da imagem: iMore.com
Fonte da imagem: iMore.com

Além de todos os benefícios, a compra de um chip nos Estados Unidos é feita de forma rápida e totalmente desburocratizada. Apresente o seu passaporte e o vendedor rapidamente imprimirá o seu contrato e instalará o chip no seu aparelho. Você já sai da loja usando o celular.

Temos optado por usar os serviços da T-Mobile, que tem uma cobertura muito boa, mas existem inúmeras outras (é só dar uns googles aí). O plano, que vale para um mês, saiu por algo em torno de 50 dólares (não lembro o valor exato), com direito a internet 4G, ligações e mensagens de texto ilimitadas em território americano. Pagando um pouco mais, o plano dá direito a ligações para o exterior, mas nunca escolhemos essa opção, pois quando queremos nos comunicar com o Brasil, usamos Facetime e Whatsapp.

Sempre passamos o nosso número americano para a família ter como nos encontrar, caso necessitem.

É isso: viajar sem chip gringo, nunca mais!

Assim sendo, uma das primeiras providências que tomamos quando chegamos a Miami, foi dar uma paradinha na primeira T-Mobile que apareceu na nossa frente. E olha que não é difícil encontrar uma não. Eu tinha digitado no GPS o endereço de uma que fica em Miami Downtown, mas no meio do caminho até lá apareceu uma outra e entramos lá mesmo.

3 – Comes e bebes

Quem tem filhos, sabe que inesperadamente surgem as demandas: “quero água”, “tô com fome”, “quero bolacha/biscoito”… Então é importante ter sempre em mãos alguns comes e bebes para quebrar o galho. Uma paradinha em algum supermercado ou farmácia (sim, as farmácias americanas vendem de tudo!) ajuda a resolver essa questão e a evitar de ter que pagar 5 dólares em uma água pequena do frigobar do hotel. Walmart, Publix, Target, CVS, Walgreens são bons lugares para isso.

Nos próximos posts, vamos falar um pouco sobre os passeios que fizemos pela região de Miami. Para saber mais sobre planejamento de viagens com crianças, clique nos links:

Viajando com bebê

Documentos necessários para viajar com crianças

Check-list para viajar com bebê

Dicas especiais sobre comidinhas para bebês nos EUA

 

 

Como é voar para a Flórida com a Azul?

Como falei no post anterior, a compra das passagens para viajar para a Flórida foi motivada por uma promoção da Azul.

Na época em que compramos as passagens, a Azul ainda nem tinha começado com os voos internacionais, que só seriam iniciados em dezembro de 2014 (acho que compramos as passagens em meados de novembro). Assim, não sabíamos bem o que esperar de tudo.

É fato que quando e empresa anunciou que passaria a voar para os Estados Unidos, foi gerada grande expectativa. Eles criaram anúncios fantásticos, com imagens lindas das aeronaves, das comissárias, do serviço… Parecia anúncio da Emirates, um luxo só. Enfim, ficamos mega empolgados com a ideia de passar a contar com aquele voo direto a preços competitivos e passagens parceladas em 10 vezes.

Chegando ao aeroporto

Uma das primeiras coisas que precisamos destacar é que o voo da Azul sai de Campinas, do Aeroporto de Viracopos. Como moramos na capital, precisávamos decidir como chegar até lá.

Existem algumas opções para fazer o deslocamento São Paulo – Viracopos. Uma delas é usando o ônibus da própria Azul, que é grátis e parte de diferentes pontos da capital e da Grande São Paulo, e também de Sorocaba, no interior. Para saber mais informações e horários do ônibus da Azul, clique aqui.

Também dá para ir de táxi, mas vale ter em mente que o taxista provavelmente cobrará 50% em cima do valor final da corrida, o que é de praxe nas corridas intermunicipais. Particularmente, acho que fica muito caro.

Na nossa opinião, a opção mais vantajosa é realmente o ônibus gratuito da Azul. O problema é que, na volta, precisaríamos sair bem cedo de Campinas e ir direto ao trabalho, com muita bagagem e uma criança de dois anos. Assim, achamos mais cômodo (embora não necessariamente mais barato), ir no nosso carro e deixá-lo em um dos estacionamentos no entorno do aeroporto.

Se fizer uma busca pelo Google, encontrará diversas opções de estacionamento, com preços variados. Em uma viagem de média a longa duração ficaria uma verdadeira fortuna estacionar no próprio aeroporto. Assim sendo, escolhemos o ViraPark, que tem diárias a partir de R$ 17. Eles têm uma parceria com a Azul e oferecem preços especiais para clientes Tudo Azul.

O ViraPark é fácil de encontrar. Fica no km 64 da Rodovia Santos Dumont. Eles têm traslado gratuito para o aeroporto, vagas cobertas, seguro, modelo self park (você fica com a chave do carro), totem de check-in da Azul dentro do estacionamento (não disponível para voos internacionais), acesso gratuito a rede wi-fi.

O que não gostamos sobre o ViraPark

No site, eles falam que têm “pedido de traslado dentro do desembarque” (entendi que deveriam ter um funcionário na área do desembarque para solicitar que o ônibus viesse nos buscar ou algo similar) e que a periodicidade do ônibus entre o estacionamento e o terminal é de 10 em 10 minutos.

Na volta, chegamos carregados de bagagem e não encontramos ninguém no desembarque para fornecer informações (a nossa chegada foi pela manhã, cedinho). Perguntamos a diversos funcionários do aeroporto onde parava o ônibus do ViraPark e as informações que foram repassadas divergiam bastante. Um falava que era na fila central, outro que era onde desembarcamos no traslado de ida, outro que era na primeira pista. Ficamos rodando feito tontos, tentando descobrir como funcionava. Não tinha uma placa sequer para informar. Tipo… a gente ficava em pé, em um ponto sem nenhuma sinalização e nenhum funcionário, esperando um ônibus que nunca chegava. Outros passageiros foram se juntando a nós. Ninguém sabia direito o que estava fazendo por ali. Até que chegou alguém e perguntou: “Vocês já ligaram pra lá pra pedir que eles enviem um ônibus?”. A verdade é que ninguém sabia que era necessário ligar.

Ligamos para o número do site e só dava mensagem de “Este número de telefone não existe…”. Inclusive, até hoje, 15/04/2015, o número errado continua no site deles. O printscreen abaixo comprova. Basta tentar ligar para esse número aí para ver o que acontece.

ViraPark - site com o número errado / incompleto. Fonte: print da tela do site do ViraPark, em 15/04/2015.
ViraPark – site com o número errado / incompleto. Fonte: print da tela do site do ViraPark, em 15/04/2015.

Como somos de São Paulo, sabemos que um tempo atrás alguns números de telefone ganharam um dígito “9” na frente. Tentamos com o 9 e conseguimos. O número correto deles é (0xx19) 98801 3420 (fiquei imaginando como pessoas de outros estados ou mesmo de outros países conseguiriam adivinhar isso e ligar para o número correto). Eles falaram que o ônibus chegaria em 10 minutos. Demorou um pouco mais que isso, mas pelo menos chegou.

Essa coisa de precisar ligar para solicitar o ônibus também põe abaixo o que está prometido no site: “a periodicidade do ônibus entre o estacionamento e o terminal é de 10 em 10 minutos”. Em momento algum foi mencionado que precisaríamos ligar para lá e solicitar um ônibus.

Não sei se a forma de trabalho deles já mudou ou se já tem algum funcionário lá no aeroporto para orientar os clientes, mas a nossa experiência no desembarque com o ViraPark foi essa.

Usaríamos o serviço de novo, mas já sabendo como ele verdadeiramente funciona.

O terminal internacional do Aeroporto de Viracopos

Se por um lado foi bem gostoso chegar a um terminal novinho, super moderno, recém-construído, por outro, foi meio ruim a sensação de estar em uma espécie de “obra inacabada”. A sensação era de que tudo era bastante novo e nos sentimos meio que como “cobaias”. Ainda havia muitos tapumes, pouca gente e nenhuma (eu disse NENHUMA) opção de alimentação no saguão do aeroporto. Só havia umas máquinas de refrigerante e salgadinho estilo “Ruffles”, que funcionavam com notas de 5 reais. Se não tiver dinheiro trocado, também não encontrará um lugar para trocá-lo. Também havia uma farmácia (FECHADA).

Novo terminal do Aeroporto de Viracopos
Novo terminal do Aeroporto de Viracopos

Como chegamos muito cedo ao aeroporto (ficamos com medo de pegar trânsito e perder o voo, então saímos bem cedo de São Paulo), tivemos que esperar algumas horas no saguão. Ficamos ali sentados em algumas das poucas cadeiras disponíveis, com um carrinho cheio de bagagem e completamente entediados. Só podíamos fazer check-in mais tarde (acho que faltando 3 ou 4 horas para o voo) e aí, sim, entrar na sala de embarque e desfrutar de uma das 3 opções de lanchonete / restaurante disponíveis (se não me engano, uma McDonalds, um Franz Café e uma Starbucks). Fomos de McDonalds.

Papai e Bela recarregando seus respectivos eletrônicos e passando tempo na sala de embarque do Aeroporto de Viracopos (sim, eles têm tomadas!)
Papai e Bela recarregando seus respectivos eletrônicos e passando tempo na sala de embarque do Aeroporto de Viracopos (sim, eles têm tomadas!)

A freeshop é da rede Duty Free Dufry, mas é pequena. Vimos que será ampliada, pois havia uns tapumes com algo anunciando o novo espaço.

Outra coisa que não curti muito foi o salão onde recuperamos a bagagem. As malas vêm por uma esteira e os outros tipos de bagagem (carrinho, caixas, mochilas, bolsas de lona) vêm por outra, que fica mais afastada e separada da esteira principal por um lance de escada. Um adulto sozinho ficaria em uma situação meio complicada, tendo que ficar de olho em duas esteiras que são distantes uma da outra.

Ou seja, no geral, dá para perceber que tudo ainda funciona de forma improvisada / provisória. A falta de sinalização e de funcionários no desembarque / área de transfer foi o que mais me chateou.

O atendimento Azul, o voo e a aeronave

Os detalhes sobre os voos que pegamos estão na imagem abaixo:

detalhes voo

Fomos muito bem atendidos por todos os funcionários da Azul – check-in, funcionários da sala de embarque e comissários. Todos são brasileiros e, obviamente, falam português fluentemente. Inclusive, ao chegarmos ao aeroporto em Fort Lauderdale, uma funcionária nos orientava em português até a fila da imigração.

A aeronave era antiga, com sistema de entretenimento a bordo bem capenga. Para ter uma ideia, viajamos ocupando 4 poltronas (que sorte!) e, das 4 telinhas, só 2 funcionavam perfeitamente. Das duas quebradas, uma tinha mau-contato e a outra ficava com a imagem péssima (subindo listrinhas na tela o tempo todo, como nas tvs de antigamente). Cerca de 10 a 15 filmes disponíveis para assistir, mas não eram on-demand, ou seja, para ver um filme desde o início, precisávamos ficar esperando ele começar de novo ou ter a sorte de zapear e cair naquele canal na hora certa. Para quem está “mal-acostumado” e espera chegar no avião e ter uma infinidade de lançamentos do cinema, séries, documentários e games na telinha, será meio decepcionante. Vale destacar que desde o início a Azul já tinha admitido que esse sistema é bem antiguinho e prometeu que trocará tudo ainda em 2015. Vamos esperar para ver!

A Bela tentando se entender com o sistema de entretenimento a bordo do avião da Azul
A Bela tentando se entender com o sistema de entretenimento a bordo do avião da Azul

Foram distribuídos cobertores e travesseiros em saquinhos, fones de ouvido e umas bolsinhas estilo ziploc (só que com plástico mais durinho) com máscaras para dormir e espuminhas para os ouvidos.

A minha poltrona tinha a mesinha quebrada. Para que ela ficasse reta na hora da refeição, eu tinha que levantar um pouco a perna direita. No ato da compra, escolhemos previamente os mesmos assentos para ida e volta. E, embora tenhamos dado sorte de viajar sozinhos nos dois trechos (sobrando uma poltrona extra para a Bela dormir deitadinha), tudo o que estava quebrado na ida (tvs e mesinha) continuava quebrado na volta.

O serviço de bordo foi muito bom e a comida estava saborosa. Entre os pratos que provamos: escondidinho de purê de batata com carne moída, frango com arroz e legumes, massa ao molho pesto. Tudo sempre acompanhado por uma saladinha de folhas com tomate, um potinho com pedaços de queijo e azeitonas, pão e sobremesa (inclusive uma delas foi um bolo de chocolate delicioso). Entre as bebidas: refrigerantes, suco, água, café, vinho e cerveja. O café da manhã, igualmente gostoso, seguia o padrão de quase todas as companhias aéreas que já usamos: pão, manteiga, cereais estilo sucrilhos, saladinha de frutas e uma tostada de queijo e presunto (ou seria peito de peru?).

Aeroporto de Fort Lauderdale

A chegada a Fort Lauderdale foi tranquila e, como já falei, havia funcionários brasileiros orientando em português sobre o caminho até a fila da imigração.

Como despachamos o carrinho na porta da aeronave, o pessoal da tripulação pediu que ficássemos lá aguardando, pois ele seria devolvido também na porta. Nesse meio tempo, um montão de gente acabou chegando antes da gente na fila da imigração e deu no que deu: passamos quase duas horas esperando para ser atendidos. Pra quem não sabe, lá nos Estados Unidos não existe fila preferencial para idosos, gestantes, deficientes, pessoas com criança de colo… O máximo que eles fazem é providenciar um lugar para o pessoal muito cansado e que estiver em alguma dessas condições sentar e aguardar a sua vez chegar.

Fila interminável, um monte de gente com bebê de colo, senhoras de idade… Todos cansados por uma noite mal dormida no avião e aguardando ansiosamente para finalmente entrar nos Estados Unidos. Não sei se era o horário (esse voo chega lá de manhã, bem cedinho), mas havia poucos oficiais nos guichês de atendimento. A grande maioria dos guichês permanecia fechada. A Bela brincou bastante na fila com a sua Melissa & Doug Trunki. Corria tanto de um lado para o outro, que em determinado momento correu demais e “quase entrava sozinha ilegalmente nos Estados Unidos” =)

Mas o pior mesmo dessa espera no aeroporto foi o tal do banheiro que fica ao lado da fila da imigração. Em determinado momento, a Bela pediu para fazer xixi e eu tive o desprazer de conhecer um dos banheiros mais sujos que já vi em um aeroporto (o mais sujo que já vi nos Estados Unidos, com certeza). Quando senti o cheiro e vi o aspecto da coisa, me apavorei e já comecei a alertar, assumindo um lado meio mãe neurótica: “Não toque em absolutamente nada, Isabela!”. E repetia isso a cada 5 segundos. Então usamos aquela tática de fazer xixi “flutuando” sobre o vaso (não que ela sente no vaso dos demais banheiros públicos, mas esse estava excepcionalmente assustador).

Buscando o carro alugado

Depois de passar pela imigração, pegamos nossas bagagens e seguimos as placas até o ponto de onde saem os ônibus gratuitos para o Rental Car Center. Havia uma funcionária organizando a fila e auxiliando os passageiros. Não esperamos nem um minuto, o ônibus chegou e nos deixou na porta do prédio das locadoras. Descemos por uma escada rolante e chegamos à Alamo, onde fomos bem atendidos (sem fila alguma) e encaminhados até o nosso veículo.

O que concluímos

Após analisar cada detalhe da experiência, concluímos que viajaríamos outra vez pela Azul, partindo de Campinas até Fort Lauderdale (ou mesmo até Orlando), SE E SOMENTE SE o preço estiver bem abaixo do preço das companhias que partem de Guarulhos. Se a diferença não for tão grande, principalmente para quem mora na capital paulista, vale a pena pagar um pouco mais para partir de um aeroporto mais bem estruturado e não ter o “mini-trampo” de ir até Campinas. O Terminal 3 de Guarulhos tem inúmeras lojas e excelentes restaurantes, além de ter uma Duty Free muito maior e mais bacana que a do aeroporto de Campinas. Acho que lá, não há chances de ficarmos entediados como ficamos enquanto esperávamos no saguão do Viracopos.

Claro que o terminal internacional de Campinas ainda melhorará bastante e, talvez, quando estiver funcionando a todo vapor, nossa opinião a respeito disso, mas, por enquanto, é isso.

Esperamos que esse relato seja útil de alguma forma e convidamos você para continuar acompanhando o relato da nossa viagem pela Flórida e Bahamas. Quer saber o que vem por aí? Confere aqui. 

Flórida e Bahamas: roteiro de 10 dias por Miami Beach, Cocoa Beach, Fort Lauderdale e cruzeiro Disney nas Bahamas

teaser Miami + Bahamas

Quando vi a promoção das passagens da Azul para Fort Lauderdale, percebi que era hora de voltar para a Flórida. 😉 A Azul tinha acabado de começar a comercializar os seus novos voos para a Fort Lauderdale e Orlando, ambos partindo de Campinas. Esses voos só entrariam em operação dali a dois meses (meados de dezembro de 2014), ou seja, ninguém tinha testado ainda, não existiam os famosos reviews e indicações pela internet. Logo, ainda não sabíamos como isso funcionaria direito, se seria bacana, se o atendimento seria bom, qual seria o estado da aeronave, se teria entretenimento a bordo… Era tudo um grande mistério, mas a oferta era bacana e, como boa empresa brasileira, permitia parcelar o valor em 10 vezes, o que não acontece com as empresas estrangeiras, que geralmente parcelam em 5, no máximo 6 vezes (para saber como foi a nossa experiência com a Azul, aguarde o nosso próximo post, pois contaremos direitinho). Ou seja, essa era uma oportunidade perfeita para as mini-férias que estávamos programando para fevereiro/março.

Primeiro compramos as passagens e só depois começamos a pensar no roteiro. Afinal, eu sabia que seria fácil encontrar milhares de coisas para fazer lá pela Flórida e que o problema seria mesmo escolher alguns destinos em detrimento de tantos outros. Mas uma coisa que já sabíamos era que não queríamos ir a Orlando. Pelo menos, não naquele momento. Teríamos pouco tempo (10 dias) e, se decidíssemos ir aos parques seria uma correria louca para ver tudo, ainda faltaria tempo e voltaríamos super cansados. Não estávamos nessa vibe. Então pensamos em alugar um apartamento em Miami Beach ou Fort Lauderdale e ficar por ali, descansando, no maior estilo slow travel (amo!). No entanto, tinha uma coisinha que me estava martelando a cabeça há algum tempo: o cruzeiro Disney. Há anos isso estava na nossa wishlist e a vontade de viajar no navio do Mickey só aumentava. Essa era a hora! Incluímos o Disney Cruise. E aos poucos as demais paradas começaram a se encaixar no nosso roteiro, que no final ficou assim:

26/fevereiro: voo Campinas – Fort Lauderdale às 23:27

27/fevereiro: chegada a Fort Lauderdale às 06:00. Miami Beach

28/fevereiro: Miami Beach / Cocoa Beach

01/março: Cocoa Beach / Kennedy Space Center

02/março: Disney Cruise – Bahamas

03/março: Disney Cruise – Bahamas

04/março: Disney Cruise – Bahamas

05/março: Disney Cruise – Bahamas

06/março: chegada do Disney Cruise / Fort Lauderdale

07/março: Fort Lauderdale

08/março: Fort Lauderdale

09/março : chegada a Campinas

 

Ah ! Tínhamos pensado em incluir Key West no primeiro dia do roteiro, mas felizmente desistimos da ideia, pois teria ficado muito corrido (insano mesmo!). Assim sendo, Key West continua na wishlist, guardadinha para uma próxima oportunidade.

Nos próximos posts, compartilharemos com vocês o roteiro completo da nossa viagem em família pela Flórida e pelas Bahamas, tudo bem mastigadinho. Só para despertar um pouquinho a sua curiosidade, você verá, entre outras coisas: nossas impressões sobre o voo da Azul; o aeroporto de Campinas (e como fizemos para chegar lá); o aeroporto de Fort Lauderdale e a espera na fila da imigração; o aluguel e a escolha do carro; o apartamento maravilhoso pé na areia que alugamos em Miami Beach (e pertence a uma brasileira super gente boa); nosso passeio pelo Bill Bags State Park; nossa tentativa de visita frustrada ao Miami Children’s Museum; a tempestade que pegamos na estrada; nossa visita emocionante e inesquecível ao Kennedy Space Center (da Nasa); nossa inesquecível experiência gastronômica em um dos melhores restaurantes que já conhecemos (pequetitico e maravilhoso) em Cocoa Beach; a escolha do navio e da cabine no Disney Cruise; nossos preparativos para o cruzeiro e cada detalhe da nossa experiência nele; a nossa alegria por termos conseguido uma super barganha no Hotwire com o hotel de Fort Lauderdale; nosso hotel com vista fantástica e grudadinho no píer de Cocoa Beach; comprinhas, passeios, restaurantes…

  •  Período da viagem: fevereiro e março de 2015
  • Temperatura: agradável, variando de calorão a noite fresquinha (com água do mar um pouco mais fria do que imaginávamos).
  • Viajantes: casal + uma criança de 2 anos e 10 meses